"Não olhemos o futuro de frente, pois ao olharmos ele alterasse deixando fugir os nossos sonhos"

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Tira partido daquilo que o mundo te dá.

domingo, 12 de maio de 2013

Caneta, talentosa enquanto útil



Que será que fiz eu às pessoas? Que pedaço de mim, tão desprezível, é capaz de as afetar desta forma? É a minha presença assim tão incómoda? Haverá alguém neste mundo capaz de tolerar um espírito tão instável como o meu?
 
O papel está molhado. Há muito tempo que isso não acontecia. Há muito tempo que não havia papel. A tristeza, por muito má que seja, corre na água salgada que alimenta as frases que escrevo. Não, não é a tinta. Isso é só um acessório usado quando é preciso, e quando acaba toda a sua composição é deitada fora, é lixo, inútil. Pelo menos a caneta é boa naquilo que faz, mesmo sendo desprezada no final.


Como saber se o que fazemos está certo? Como se mesmo fazendo-o com o nosso coração, somos apedrejados? Ele fica ferido, sofre em silêncio. Como uma fénix numa gaiola, eu choro curando parte das feridas com as lágrimas, na esperança que alguém veja a verdadeira beleza das minhas penas e a capacidade que tenho para voar. 

Voar. Imagino-me cair dos céus sem apoio. Cair e sentir a queda. Sentir o medo. Esquecer. Sonho abrir as asas no final da queda. Acabo por mergulhar num mar salgado que escorre como uma cascata, caindo como gotas numa folha de papel. 

Pobre caneta, mas como eu a invejo!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Banalidades lógicas

Um toque. Um ponto de discordância daquilo que é banal. É isso que falta. A meu ver, agora que vejo sendo um "eu" diferente que era ontem, não existem defeitos na arte, seja ela qual for. Para mim a arte é a visão que cada um tem do mundo expressa num quadro, numa pauta, numa fotografia, num filme ou num texto, como eu que escrevo nesta folha de papel. E é isso que torna a arte tão especial. Duas pessoas podem observar a mesma coisa mas por serem pessoas diferentes observam perspectivas diferentes e com certeza expressão isso de forma diferente. Eu vejo o mundo da minha perspectiva, e é com isso que escrevo, com palavras simples e comuns. O mundo tal como o vejo, mesmo sabendo que tudo o que digo pode ser pura lógica ou um ajuntamento de fantasias. É assim que me sinto bem, e o meu "eu" actual não vê mal nenhum nisso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Inspirações inesperadas

Por vezes sofro de um pequeno mal. Há momentos em que tenho vontade de explodir mostrando ao mundo quem sou. É aí que me ocorrem estas inspirações inesperadas. Faço tudo para aproveitar esta euforia. E cada vez são mais as coisas que voam pela minha mente... Há neste mundo tantas formas de expressar a criatividade. E parece que eu ainda não encontrei a minha. Tudo o que faço, tudo o que sonho, nunca sai das minhas mãos como idealizei. Aliás... À primeira vista sinto-me conformada com o trabalho mas, à medida que o analiso mais e repetidas vezes concluo que não é aquilo que idealizava. Pois então vou andando neste mundo, procurando a forma de alimentar a chama de creatividade que vai ardendo dentro de mim, pois ela aos poucos e poucos vai-se apagando dando lugar à desilusão e à tristeza. Inspirações inesperadas que vão mantendo o fogo aceso. Inspirações inesperadas de alguém "sem mãos" para as concretizar...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Imperfeições.

Sou imperfeita, pois bem, nunca me ensinaram a ser de outra forma, se é que existe outra forma de ser. Faço o que faço porque gosto de o fazer e como qualquer um não gosto de errar. Mas erro, erro repetidas vezes e erro na mesma coisa mais que uma vez se for caso extremo. Parece até que faço tudo de olhos fechados, entregando-me àquilo que o coração comunica ao cérebro, que então se encarga de comunicar ao corpo, que então executa o que lhe é comunicado resultando no imperfeito resultado final, passo a redundância. E aos meus olhos fechados, esse resultado final é tão perfeito como a ideia que nele resultou. Mas enfim acabam por se me abrir os olhos à real realidade e então percebo que a criação não passa de mais um conjunto de erros. Será desperdício de tempo, então, passar horas a criar algo que à partida será imperfeito e nada mais trará que desilusão? Não. Tudo vale a pena quando vem do coração, mesmo que se considere tudo um erro. É por isso que nesta noite, depois de um dia repleto de erros, concluo que não me importa que tudo o que faça seja imperfeito, pois pelo menos fi-lo e fá-lo-ei com o coração. 

domingo, 1 de abril de 2012

Uma nova Página

O Escritor sonha, a obra nasce. Mas para nascer não basta ao Escritor sonhar, tem de escrever o que sonha, caso contrário o sonho é esquecido, e nada feito. Nada de obra, nem de sonho, nem de escritor, pois Escritor que é escritor escreve o que sonha, e por isso recebe esse nome. A obra não nasce do vazio, mas nasce no vazio. Nasce no espaço onde nada existe, onde existe nada. A obra não é feita de poeira, nem de líquido, nem de sólido algum. A obra só é obra por ser o sonho de alguém, por fazer alguém sonhar. E assim a obra, criada pelos sonhos, cria outros sonhos e quiçá criará novas obras. Cabe à sorte decidir se quem agora sonha é Escritor e se a esse escritor o nome lhe é merecido. Eu sonhei, escrevi, a obra nasceu.

Futuro

Gostamos de pensar no amanhã, tentar prever o que a vida nos reserva. Imaginar possíveis situações, possíveis conversas, possíveis encontros. E por estranho que pareça essas imaginações nunca passam do campo imaginativo. Acaba sempre por ocorrer uma situação diferente, inesperada. Pois, como seria a vida se os momentos fossem uma repetição de episódios imaginários, acabaríamos por perder o desejo de viver. Precisamos de sentir o inesperado, experimentar a surpresa. Não tentemos olhar o futuro de frente pois ao tentarmos ele alterasse deixando fugir os nossos sonhos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sou uma...

Quando era criança tudo à minha volta parecia mais bonito... Os problemas pareciam não existir. O tempo parecia não passar. Estava sempre feliz. Havia muitas palavras cujo significado eu não conhecia. Algumas continuo a desconhecer. Outras foram me ensinadas por pessoas que marcaram a minha vida. Gravaram o seu nome no meu coração frágil. Algumas com tanta força que a marca ainda continua visível. Mas foi recentemente que uma das melhores marcas foi feita. Foi recentemente que o meu coração se voltou a abrir, como em criança, e foi conquistado por aquela pessoa quase irreal. Chamo-lhe irreal por nunca ter imaginado contemplar tal beleza, não só carnal como também espiritual. Um anjo. E não é exagero. E cada vez que olho para ela é isso que sinto. Sei, sem medos nem receios, a amizade eterna que existe entre nós. Sei que juntas chegaremos longe, nas asas do destino. E sei também que a amo muito.


Gémea <3